CÉLULAS ESTAMINAIS EM ORTOPEDIA - APLICAÇÕES CLÍNICAS

Ferreira-Santos J*

As células estaminais tornaram-se alvo de grande atenção para a terapia regenerativa. Este tipo de células pode ter origem no embrião, no feto, no recém-nascido ou no adulto, existindo diversas fontes para a sua colheita.
 
No entanto, apesar da terapia regenerativa com células estaminais ser uma grande promessa no tratamento de várias enfermidades, há vários obstáculos que dificultam a sua utilização, quer para fins de investigação, quer para fins de tratamento clínico de doenças.
 
No âmbito da patologia ortopédica têm sido planeados e realizados diversos estudos e ensaios clínicos com o objectivo de regenerar os diferentes tecidos do aparelho locomotor (osso, cartilagem, discos intervertebrais, tendões, ligamentos e músculo).
 
O potencial das células estaminais de se diferenciarem para formar osso foi constatado em vários estudos. No entanto, é necessário um micro-ambiente propício, onde devem estar presentes factores de crescimento e outro tipo de proteínas. A pseudartrose e a osteogénese imperfeita são dois modelos de doenças tratadas por Ortopedia onde os resultados dos estudos foram entusiasmantes.
 
A regeneração de cartilagem articular e de fibrocartilagem, de discos intervertebrais, de tendões e ligamentos tem também demonstrado resultados promissores quando utilizadas células estaminais.
 
O tratamento da patologia muscular tem sido estudado fora do âmbito do espectro das patologias do foro ortopédico.
 
A presente revisão tem como objectivo reunir informação de publicações que abordem a temática da utilização clínica de células estaminais em Ortopedia.
 
 
Palavras-chave: Células estaminais, Ortopedia, osso, cartilagem



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