Fratura de Lisfranc: controvérsias do diagnóstico e tratamento

Joana Pina-Vaz

Objetivos: Estudar os tipos de fraturas de Lisfranc, os métodos de diagnóstico mais adequados, e quais os tratamentos disponíveis, mais eficazes e com melhor prognóstico.
 
Fontes dos dados: Utilizando a MEDLINE, procedeu-se à pesquisa de artigos, usando como query “Lisfranc fracture-dislocation”. Destes foram incluídos artigos de revisão, ou séries de casos, os publicados após 2004 e publicações anteriores originais.
 
Síntese dos dados: Foram incluídos 36 artigos e um livro. Elabora-se uma síntese acerca da anatomia da articulação de Lisfranc, epidemiologia, mecanismos, classificação, métodos de diagnóstico, técnicas de tratamento e prognóstico da lesão. 
 
Conclusões: A fratura de Lisfranc surge geralmente em contexto de urgência, e é difícil de diagnosticar (20% dos casos). Além da apresentação clínica devem ser analisadas radiografias (antero-posterior, oblíqua e lateral). O tratamento deve ser iniciado precocemente e passa por uma redução aberta com fixação interna com parafusos, sendo fundamental a inserção do parafuso de Lisfranc (orientado obliquamente desde o cuneiforme medial até à base do segundo metatarsiano). É de salientar a importância da redução do segundo raio da articulação tarsometatársica, uma vez que é este que lhe confere maior estabilidade, conseguindo assim melhores resultados terapêuticos. Está demonstrado que os melhores resultados são atingidos quando se consegue uma redução anatómica da articulação.
 
 
Palavras-chave: Lisfranc, fratura, tarsometatársico, luxação, redução aberta


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